sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sobre a Campanha da Lanvin FALL 2011

A poucos dias minha querida amiga, e futura jornalista, Nicole Dias, me pediu para dar minha opinião sobre o vídeo da Lanvin. Então, segue abaixo, na íntegra, a pergunta e resposta sobre ele:


"Quero falar que o mundo da moda é muito blasé, sem vida, e que esse vídeo trouxe um pouco de diversão e ironia pra alta costura. tu tá de acordo? qual é a tua opinião sobre isso? BEIJO!" - Nicole via Facebook.


O vídeo da campanha da marca Lanvin Inverno 2011/, inicia mostrando uma sala de estar com duas mulheres e dois homens, dançando ao som de "I know you can me" do conhecido rapper norte-americano Pitbull. Fora a música e a dança coreografa, o destaque se dá quanto às mudanças de vestuário pelos modelos - todas da coleção exibida em Paris, em março deste ano - expondo de uma forma inconsciente, o momento de escolha da roupa que será usada para determinado evento, provando e re-provando diferentes look's.


Com o ritmo e a desenvoltura de seus modelos, enquanto a festa parece acontecer na própria sala - detalhe que é apresentado duas paredes de fundo, podendo assim, cada um estar dançando de frente para o seu parceiro -, a Lanvin expôs de forma divertida as palavras do rapper, ao afirmar: "I know you want me (want me) / You know I want cha (want cha)", traduzindo para "Eu seiq ue você me quer (me quer) / Você sabe que eu te quero (te quero)", explorando o desejo de consumo que a marca exerce sobre o público, e ao mesmo tempo, de conquista, de forma irônica e bem humorada.


Ousaria ainda dizer que a música e a coreografia serviram para quebrar a seriedade do ambiente, e ao mesmo tmepo ironizam com as coreografias "ensaiadas" que encontramos nas festas, onde muitas vezes estas parecem não condizer com a música que está sendo tocada.


Chamou atenção não apenas para a coleção, mas também para a marca em si. Mais uma vez a Lanvin inova e segue em frente ao melhor estilo "Baby I don't care, I don't care, what they say" - Baby, eu não ligo, não ligo para o que eles dizem - e porque deveria?


Não chamaria o mundo da moda de blasé, ou sem vida, em especial para a alta-costura. A moda inventa e se reinventa, cria novas formas e padrões, muda as cores e os tons, sai dos lisos para os super-estampados, mas nunca a chamaria de blasé. O que acontece é que o inovador chamará a atenção, e o mundo pós-moderno exige isso. Com milhões de imagens e vídeos circulando diariamente, criatividade é o segredo para boas campanhas e a intensa divulgação nas mpidias, conquistando, assim o público que se tona a cada dia mais exigente.


Vale citar os modelos que fizeram parte da campnha: Karen Élson, Raquel Zimmerman, Lowell Tautchin, Milo Spijkers e ainda, do diretor-criativo da marca, Alber Elbaz, com fotografia e direção de Steve Meisel.


Confira a campanha no Youtube: LANVIN Fall Winter 2011-2012 Ad Campaign


E vocês, o que acharam da campanha? E o mundo da moda? Está realmente blasé? Manifeste-se!

Beijo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

'Bons' exemplos

Quem já não ouviu do pai, da mãe, do tio, da tia, do avô, ou da avó, ou de um desconhecido, que devemos dar bons emplos para as gerações mais novas - aqui, leia-se 'crianças'???
Pois bem, minha vida, que tem sido andar de ônibus - sim, eu deveria mudar o título do blog, ou melhor, acrescentar 'no ônibus' -, me deparei essa semana com um destes 'bons' exemplos circulantes. Sentada ao lado de um senhor de aproximadamente 60 anos, reparei em seus movimentos sutis. Como o ônibus estava lotado, o que não é nenhuma novidade pra mim, eu não tinha muitas opções em que prestar atenção. Este senhor, que mexia em sua pasta, retirou uma bala - não que eu quizesse, a menos que fosse a 7Belo, de hortelã ou de café, mas enfim, continuando - desembrulhou-a, e enquanto a saboreava, jogou sorrateiramente o embrulho janela a fora. Espanto, essa foi a minha cara naquele momento, e uma pergunta não saia da minha mente, o porque de ele não poder guardar o embrulho na pasta e jogar no primeiro lixo que encontrasse ao descer do ônibus? Aliás, o próprio ônibus possui um pequeno cesto de lixo logo na saída, poderia depositar o seu papel ali mesmo. Mas ok, a vida continua, o trânsito flui, e... Opa, de novo, mais uma bala sendo desembrulhada, e... Sim, outro papel de bala que foi 'voar' entre os carros e entupir mais um boeiro, como se dias de chuva já não fosse complicados o bastante.
Sejamos bons exemplos, se não pelos outros, por nós mesmos, nossa própria consciência. Na casa desse senhor, não deve alagar em dia de chuva, caso contrário ele não jogaria o papel de bala em via pública. Não falo apenas do papel de bala, mas das propagandas que recebemos, e todo o resto. Fica o lembrete, e o protesto contra esse senhor e quem joga coisas em via pública sem a menor consciência ambiental.

domingo, 11 de julho de 2010

Um novo começo? Ou um começo novo?

Milhões de anos depois, e cá estamos nós novamente.
Sim, eu esqueci que o blog existia, mas também o semestre foi uma super correria.

Para entender melhor...
Quem não me conhece não sabe, mas eu adoro fazer curso e aprender coisas novas, principalmente se relacionadas ao meu curso. Então aproveitei o semestre passado para fazer um curso de Modelagem, que eu adoro, e poder me dedicar mais. Andei pelas noites de terça-feira lá na facul, dando monitoria para a turma de Desenho de Figura Humana - não que eu desenhe mega bem, mas me viro, com certeza! Além, é claro, das cadeiras costumeiras... Mas o semestre terminou e agora é férias! E porque não, sugestão do meu querido amigo Gui, voltar a escrever no blog?!?!

É apenas o começo, garanto!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Qual a sua máscara? - Parte III

Boa noite, ou seria, bom dia?!

Como prometido, a última parte sobre máscara! Minha apresentação foi a algumas horas atrás, e bem, o pior aconteceu.... Não, o prédio não caiu, nem faltou luz, ou a máscara se desfez na minha mão! [como vcs são criativos!] ... Mas sim, o projetor simplesmente resolveu não funcionar, ou melhor, o fio decidiu ficar com mau contato...e depois de 7 minutos, o cara do Multimídia apareceu como que por mágica e conseguiu resolver tudo, uma salva de palmas para ele!!!

10 paras as 10 [lembrem-se, da noite!] e eu finalmente consigo começar minha apresentação, depois de uma semana de atraso e mais 7 minutos de problemas técnicos...


Fim da apresentação, passei a máscara para todo mundo poder colocar a mão [sim, eu sou uma pessoa que precisa olhar com as mãos], perguntas dos colegas, e do professor? Não, sem perguntas dele! [alívio...sim, pq eu sonhei com ele algumas noites atrás, e não fui só eu, ok?!]

Sobre a minha máscara: meu tema era sobre a superficialidade dos gregos descrito por Nietzsche em A Gaia Ciência [para quem está achando essa guria pirou na filosofia um aviso: eu não pirei, mas estou mergulhada nela até o fim do semestre, e apaixonada, com certeza!], isso aplicado aos dias atuais, no caso, as cirurgias plásticas e aos tormentos internos. Falo sobre as transformações sofridas, a pressão por parte da sociedade, transformando nossos rostos em telas em branco, onde o cirurgião é apenas responsável pela concretização de nossas idéias de 'pintura', que muitas vezes são nos impostas pela sociedade.





O texto interno na íntegra:

Caras Novas de Luiz Fernando Veríssimo

O Rio é a capital mundial da operação plástica. Não param de chegar estrangeiros para ver, não o Pão de Açúcar; mas o Pitangui. Quem não consegue reserva com o Pitangui recorre a outros restauradores brasileiros, com menos nome, mas igualmente competentes (é o que dizem, eu não sei. Na única vez que eu consultei um cirurgião plástico ele foi radical: sugeriu outra cabeça. E aquela história do cara que era tão feio que foi desenganado pelo cirurgião plástico?). Os responsáveis pelo turismo no Rio podiam montar um balcão no aeroporto - reserva de cirurgião - para receber os visitantes que chegam tapando o rosto e pedindo informações.


- Que tipo de operação o senhor deseja?


- Papada. Quero um bom homem de papada.


O cirurgião plástico, injustamente chamado de gigolô da vaidade, desempenha uma função social muito importante. Os eventuais exageros não são culpa sua. São os clientes que insistem.


- Minha senhora, é impossível esticar a sua pele ainda mais. Já lhe operei 17 vezes. Não tenho mais o que puxar.


- Desta vez só quero que você tire esta covinha do queixo.


- Isso não é covinha. É o seu umbigo.


Antigamente a cirurgia plástica era um recurso extremo.


- Querida, que bobagem, operar o nariz. Eu gosto do seu nariz assim como está. Casei com seu nariz quando casei com você.


- Acontece que eu não agüento mais o meu nariz. Não posso viver com ele mais nenhum minuto. Não quero mais ver esse nariz na minha frente.


- Mas uma operação plástica...


- Você tem que escolher: eu ele ou eu.


Hoje só falta dar nas colunas sociais:


“Gigi Gavrache reuniu um grupo de amigos para a inauguração do seu novo queixo - o terceiro em dois anos - que recebeu muitos elogios. "Voluntarioso", "sensível", "um clássico", foram alguns comentários ouvidos durante a noite. "Não posso me queixar..." disse Gigi, com sua conhecida verve. "


"Muito comentado o encontro casual de Dora Avante e Scaninha Vabis na pérgola do Copa, sábado pela manhã. As duas estavam com o mesmo nariz. Domage... "


Imagino que no mundo da cirurgia plástica - que é uma forma de escultura com anestesia - devem existir algumas mesmas instituições do mundo das artes, que também são plásticas. Como a fofoca.


- O que você esta achando da nova fase dele?


- Muita influência estrangeira. Só dá perfil romano.


- Achei o queixo da Gigi bem solucionado.


- Mas nada original. Eu estava fazendo queixos assim há cem anos. O romantismo está ultrapassado. Ele não evoluiu.


-Por sinal, não deixe de ir ao meu vernissage.


-Vernissage?


-Vou expor alguns traseiros. Meu trabalho mais recente.


Mas tem um problema que me preocupa. Digamos que a americana rica se operou com o Pitangui. Esta contentíssima com o resultado e prepara-se para embarcar no avião de volta a Dallas. Ela tem que passar pelas autoridades no aeroporto.


- Seu passaporte, senhorita.


- Senhorita, não, senhora.


- Perdão.


- Obrigada.


- Mas... Este passaporte não é seu.


- Como que não? Ai esta meu nome. Gertrude sou eu.


- Mas a fotografia é do Ronald Reagan.


- Ridículo.


- Está aqui. O Ronald Reagan de peruca.


- Essa sou eu.


- Impossível senhorita. Vamos ter que confiscar este passaporte. Providencie outro com a sua fotografia.


*

Aí alguém pergunta, essa é a tua máscara? Não sei dizer se é a minha propriamente, mas meu curso me faz pensar muito a respeito das aparências e do julgamento das mesmas. As apresentações de meus colegas muito tiveram a ver com a personalidade de cada um, ou mesmo, se não diretamente, o seu modo de pesquisa revelava muito sobre quem estava lá na frente. Enfim, de um modo ou de outro, todos mantemos nossas aparências através de nossas máscaras cotidianas, tão misteriosas, tão indecifráveis. Termino o post de hoje com a frase final de minha apresentação:

"Eis nos condenados a nos tornarmos os artistas de nossas vidas, criadores de nós mesmo." (Patrice Bollon, A Moral da Máscara, p. 234)

sábado, 26 de setembro de 2009

A felicidade dos outros

Outro dia lembrei de um amigo que não vejo a muito tempo e me perguntei como será que ele estava, afinal não o vejo a alguns anos devido a sua mudança de endereço. Durante esta semana o vi como 'ausente' em meu msn, e resolvi ir até seu orkut. Porque eu não fiz isso antes, alguém pergunta - a verdade é que não tenho paciência para ficar 'vasculhando' a vida de ninguém, uso o orkut para mandar algum recado e só!
Continuando... Quando chego lá, descubro que ele havia se casado, sim, casado! Fiquei surpresa, afinal o namoro devia ter apenas 2 anos, mas lá estava, casado. Alguém poderia pensar 'tá, e dai?!', mas a minha reação imediata doi de contentamento e alegria, fiquei tão feliz por ele estar casado e feliz, que nem distância, nem nada, poderia me entristecer nesse dia.
Ficar feliz pelos outros faz um super bem, te deixa mais leve e transforma os teus problemas em coisas tão pequenas, que você só gostaria de poder dar um abraço na pessoa e dizer o quanto está feliz pela felicidade dela, mesmo que vocês não se falem e não se vejam a muito tempo.
- E você, já ficou feliz por alguém hoje?



PS: Para os que estão esperando a terceira parte do 'Qual a sua máscara?', terão que aguardar até o final da próxima semana, pois faço minha apresentação na sexta à noite. A minha máscara está, bem, ela está lá, termino-a durante a semana, entre uma corrida e outra, com um trabalho aqui e uma apresentação ali. Sim, um semestre bastante corrido esse, pelo menos eu estou achando!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Qual a sua máscara? - Parte II

Continuando.
Para esse trabalho todos os alunos deveriam fazer uma máscara de si, com gase gessada. Sim, coisa de ensino médio - a Nicky diria. Enfim, imagine a situação: seu rosto completamente coberto, com espaço apenas suficiente para que você respire.
Claustrofobia? Medo do escuro? Pânico? Falta de ar? Sim, tudo isso e mais um pouco.
O simples fato de você não poder se mexer é suficiente para que a situação se complique. Alguém vai levantar a mão e dizer: é só colocar um fone com umas músicas tocando e pronto! E eu respondo: não é bem assim colega! Não dá pra colocar fone porque vai molhar e estragar, certo. Então o que fazer?!
E quando seu professor começa a contar coisas engraçadas justo no momento que você não pode rir? É o fim! Mas agüenta! Dali um pouco: 'Conversem com quem está de máscara, isso acalma a pessoa'... Não, isso não acalma!!! Eu tenho uma séria necessidade em responder e conversar com as pessoas, então sem conversas, por favor!
Calor, frio, umidade. MInutos que parecem séculos. camada após camada. Alisa daqui, molha um pouco mais ali. 'Tá tudo bem?' - eu ouvia minha colega e amiga perguntando, eu apenas fazia um sinal de positivo com a mão. Mais alguns minutos, e umas abanadas - porque eu não ia levantar e ir até a janela como meus colegas estavam fazendo (apesar que não seria muito difícil pra mim, já que eu estava deitada sobre 3 mesas, com os pés na janela - era isso, ou sentada em uma cadeira com a nuca no encosto, forçando para trás; imagina a dor disso!).
O que você pensa durante esse tempo todo? Muita coisa eu diria, mas como você escuta conversas paralelas e uma música tocando no fundo, você não consegue se concentrar em nada específico. Eu pelo menos não consegui.
Continua.

sábado, 29 de agosto de 2009

Qual a sua máscara? - Parte I

Eu prometi a mim mesma que não falaria do meu curso neste blog, mas tornou-se inevitável, já que o assunto em questão muito tem a ver com cada um de nós, seres humanos.
Sexta-feira à noite - sim, eu tenho aula sexta à noite e sim, me dá vontade de cortar os pulsos - tenho aula de Projeto de Figurino.
Como primeiro trabalho, estamos analisando o conceito de máscara.
Deveríamos pesquisar sobre 'máscaras', que digo, foi super interessante. Veja abeixo algumas anotações que fiz sobre o assunto:
- "[...] o ato de mascarar é uma forma de se ir de encontro à moralidade estabelecida pela sociedade sem comprometimento do reconhecimento."
- "A máscara associa-se normalmente esta idéia de permanência, mas também de esconderijo da pessoa e de identificação com aquilo que pretende representar [...]"
-"A palavra personalidade vem do grego persona, que significa máscara. Na psicologia existem diversos estudos sobre a personalidade humana e uma das principais é a do suíço Carl Gustav Jung, que sugere a existência de oito tipos de personalidade. Outro estudoq ue vem chamando a atenção é o Eneagrama. [...] A teoria divide em nove as máscaras, ou personalidades humanas. De acordo com ela, a personalidade funciona como uma máscara invisível, uma casca que criamos para nos adaptarmos ao meio social - Para despir a máscara é preciso contrariar os hábitos, vícios e paixões que cada tipo de personalidade adquire desde a primeira infância. Algo que não é anda fácil. Mas uma das funções desse estudo é exatamente a de nos dizer qual é o número da caixa onde nos encontramos para que possamos sair da prisão da mecanidade e despertar o nosso verdadeiro ser, que é consciente e não mecânico, explica o estudioso em Eneagrama Mário Margutti."
Continua.

domingo, 23 de agosto de 2009

Um Ice e um casamento?!

Domingo, nada pra fazer.
Ou melhor, uma volta no centro com a amiga querida. Porque o assunto não pode esperar, okey, eu entendo, então vamos lá.
Papo vai, papo vem, na lancheria/lanchonete/bar - chamem como quiser - o amigo dela senta-se na nossa mesa, sim, porque nós sempre sentamos na mesma mesa, ou próximo, conforme o movimento. E ele muito gentilmente nos paga um Ice, já que a nossa Coca-Cola estava terminando. O tio - sim, eu chamo ele de tio - que sempre vem nos atender e fica de papo puxou assunto, e no final disse: Você escolhe com qual delas quer casar e eu caso com a outra!'
Sim, um pedido de casamento meio inusitado. xD
O tio foi buscar os Ice's, e nós nos matamos de dar risada e ficamos discutindo sobre ser esposa e ser amante, quais as vantagens - sim, ser amante tem as incríveis vantagens de não ser preocupar com roupa pra lavar e comida pra fazer.
Não, não! Não vai haver casamento, não se preocupem... Eu os convidaria, com certeza! Apesar de que eu não pretendo casar... Tá, eu não encontrei ninguém com coragem suficiente pra isso... Mas a verdade é que não ia durar muito tempo, eu reclamaria da toalha molhada em cima da cama, da louça se acumulando, da comida que eu não sei fazer, etc, etc... E tenho certeza que ouviria muitas reclamações também, terminaríamos brigando feio.
Umas voltas mais, e 'gente, acho melhor irmos embora, tem muito movimento de polícia e ambulância' - odeio brigas, ainda mais se eu estou perto. E voltamos para casa, cada uma para a sua obviamente, pensando, divagando. Sobre casamento? Não, esquece! Falta muito pra isso acontecer, vamos viver a vida meu bem!
ps: A briga foi realmente feia, saimos só na hora de lá!
ps2: O meu 'perto' significa no mesmo ambiente, tanto que não vimos o que aconteceu, apenas a movimentação - só para acalmar, pais, amigos e conhecidos que pudessem se preocupar!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Cobrador e o Ciclista

Outro dia eu estava andando de ônibus - sim, quem não tem dinheiro, carteira ou carro, ou os três juntos, anda de ônibus, ou a pé, dependendo da distância - e ao pagar minha passagem o cobrador me pediu se não tinha 5 centavos, e eu lembrava de ter recebido estes 5 centavos no ônibus que havia pego horas antes. Tratei de catar na minha carteira e achei o valor pedido, já que ele parecia um pouco preocupado com a falta destas moedas em sua 'pochete', sim eles usam e ficam caminhando de um lado para o outro dentro do ônibus, o que eu acho particularmente ótimo já que assim não ficam sedentários e já exercitam seu equilíbrio a cada curva e freiada mais forte. Voltando aos 5 centavos, entreguei a ele e de volta recebi 10 centavos (só por saber, o valor da passagem era de 1,95 e eu entreguei 2,05.. fazendo uma continha rápida, 10 centavos de troco). Me senti bem em ajudar já que a maioria das pessoas apenas entregam uma nota de 2 reais, e as moedas são tão usadas ao longo de todo o trajeto e algumas vezes não são suficientes e são feitas paradas para trocar moedas de maior valor (o engraçado é que todo mundo tem uma moeda de 5 centavos na carteira, mas alguém lembra que ela está lá? Faça o teste!)
Continuei meu caminho tranqüila, olhando pela janela e apenas esperando pelo local em que eu teria de descer. Quando já estava perto, levantei e puxei a cordinha que faz aquele barulho que normalmente me incomoda, mas naquele dia isso não me afetou. quando cheguei na catraca para descer acabei me 'embananando' com o tal cartão - sim, na minha cidade o cartão que recebemos do motorista na entrada deve ser passado e depositado dentro de uma máquina que fica junto a catraca na porta de saída. Para minha sorte o cobrador já estava ao meu lado quando eu estava a ponto de perguntar "porque a luz verde não acende?", ele deve ter lido minha mente. E enquanto passava pela catraca ele gentilmente me disse para tomar cuidado com a bicicleta que estava vindo. eu não quis dizer, mas havia percebido que o ônibus havia passado por uma bicicleta no momento que eu parara ao lado da catraca e já presumia que ela passaria no espaço entre o ônibus e a calçada, como é de costume. Eu agradeci e olhei para fora do ônibus antes de descer o último degrau, e para minha surpresa a bicicleta estava lá - atrás do ônibus - parada, esperando que ele arrancasse para então continuar seu caminho.
Neste dia, enquanto caminhava para casa, lembrei de uma frase que é usada pelo personagem "Gentileza" de Caminho das Índias, da Rede Globo - um mendigo, que percorre as ruas com um daqueles cartazes 'tipo sanduíche', e fica entregando flores às pessoas que passam por ele e diz: "Gentileza gera gentileza". E senti-me em paz, comigo e com o mundo, com a sensação de dever cumprido - minha boa ação do dia, talvez.
Para quem cansou de post falando de ônibus, prometo que o próximo não será, okey?!

sábado, 11 de julho de 2009

Cheiro de Perfume

Todos um dia já devem ter passado por uma situação parecida com esta.

Quem nunca, caminhando pela rua, dentro do elevador, ou memso dentro do ônibus como era o meu caso, passou por uma pessoa que havia exagerado no perfume, ou o popular: "caiu de cabeça no vidrinho de perfume" (talvez não tão popular assim, mas é minha frase ou pensamento para estas situações) ???
Bem, essa foi apenas uma introdução ao meu caso. Sim, eu estava dentro de um ônibus, indo para casa depois de uma aula-prática de auto-escola. Como faço as aulas na cidade vizinha a minha, vou e volto de ônibus, porém esta cidade tão próxima possui pouquíssimos horários de transporte,, então fiquei por mais de uam hora esperando o tal ônibus. Detalhe para o horário: sai de casa às 8h30min, minha aula é das 10h20min até o meio di, e meu ônibus só deu as caras às 13h10min, sentiu o drama - eu estava sem comer nada, sacolejando para lá e para cá dentro do ônibus e entra um homem (nada contra ele, por favor, mulheres também exageram na dose!) que ao passar pelo meu banco deixa sua marca registrada através do perfume exageradamente usado. Para minha sorte, eu estava sentada ao lado da janela, que com o andar do ônibus e o vento invadindo aquele espaço, afastou todo aquele perfume de mim. E qual meu drama a cada parada do ônibus e o perfume se espalhando pelo ar novamente, eu pedia a todo instante que ninguém mais quisesse subir ou descer daquele ônibus até que eu chegasse ao meu ponto final. E a cena foi se repetindo até eu finalmente levantar e perceber que aquele homem, o do perfume, estava sentado exatamente atrás de mim, aí eu entendi porque só eu parecia estar sentindo cada gota que ele havia gasto, e me dei por feliz de finalmente estar saindo daquele espaço tão 'perfumado'.
Acho que pior do que a minha viagem de ônibus, são as pessoas que passam por situações em que em um mesmo ambiente diversas pessoas exageram no uso do perfume, cada qual com seu aroma preferido - floral, amadeirado, adocicado, cítrico... E aí me pergunto: qual o problema com uma gotinha atrás da orelha, se até chegar ao seu destino todo aquele aroma tão cuidadosamente escolhido já terá evaporado?
Okey, isso não acontece todos os dias, não comigo pelo menos, e não tenho absolutamente nada contra perfumes, afinal, quem não gosta de uma pessoa cheirosa, mostrando higiene e cuidado com seu corpo e visual? Mas tenho sim, contra quem acaba gastando um vidro inteiro de perfume em um mês, não que seja de minha conta, mas não acho que seja necessário que outras pessoas sejam obrigadas a sentir o seu perfume, ou mesmo através do rastro dele notar a sua passagem, até porque não é todo mundo que gosta daquele cheiro amadeirado do seu melhor perfume, certo?!